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Mostrando postagens de setembro, 2025

Basta a cada dia o seu mal!

  Ao ser criado do pó da terra, o Senhor já colocou sobre o ser humano a condição de que, mais cedo ou mais tarde, ele teria de se curvar diante do inevitável. Não adianta correr, seja para onde for: tanto quem vive no Japão quanto quem vive no Brasil, tanto quem habita nas grandes metrópoles quanto quem mora no interior mais distante, todos convivem com a mesma realidade. Não temos como resolver todos os problemas que nos assolam. Os problemas de saúde, advindos dessa correria cega e desumana que o próprio homem se impôs, estão visíveis no número cada vez maior de adoecidos. Somos uma geração já marcada pelo adoecimento, porque insistimos em tentar resolver aquilo que é impossível de ser resolvido. Quando olhamos para o nosso poder de criar, recriar e inventar, muitas vezes concluímos, equivocadamente, que podemos todas as coisas. O conselho de Jesus aos discípulos, e consequentemente à multidão, foi este: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã c...

Deus tem o seu caminho na tormenta!

  Como pode alguém em sã consciência dizer que a amargura o conduziu para a paz? Que os momentos de luta e insatisfação foram propícios para que ele se aproximasse mais de Deus e pudesse compreender a sua real situação, e, sobretudo, entendesse os propósitos mais profundos do Senhor para sua vida? Pois a história do rei Ezequias é tomada por esse viés tão absurdo para muitos de nós. Quem consegue entender que Deus está trabalhando, e para o nosso bem, quando as coisas estão indo de mal a pior? Ezequias, um belo dia, estava se sentindo muito mal. Uma enfermidade terrível o havia jogado sobre a cama. Mesmo sendo um rei poderoso, e com certeza, rodeado dos melhores médicos da época, dos especialistas de todas as áreas que tratam da saúde, ele continuava piorando cada vez mais. Quanto mais o tempo passava, a enfermidade só piorava. Com certeza, nem o rei e muito menos os seus sábios conseguiam compreender o que se passava. Quanto mais remédios e cuidados, pior a situação do rei. E ...

Uma escolha a ser feita...

  O povo de Israel havia peregrinado no deserto durante quarenta anos. Nesse período, presenciou milagres e intervenções sobrenaturais de Deus por meio de Moisés e, depois, de seu sucessor Josué. Após essa longa jornada, Deus começou a estabelecer as tribos de Israel em suas respectivas terras, conforme havia prometido quando os tirou do Egito. Entretanto, assim como nos anos de peregrinação, o povo inclinava constantemente o coração para se desviar dos caminhos do Senhor. Quando se sentiam seguros, voltavam a desobedecer às orientações transmitidas por Josué. Chegou, então, o momento em que Josué precisou convocar o povo a tomar uma decisão. Ele reuniu todas as tribos de Israel e ordenou que fizessem uma escolha, propondo: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais [...]; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor ” (Josué 24:15). Não havia como fugir: era imperativo escolher um caminho e assumir uma direção. Em resumo, o pov...

A casa é sua!

  No livro do profeta Isaías 49:15, Deus utiliza a comparação de uma mãe amorosa e responsável que, em condições normais, jamais abandonaria o seu filho à própria sorte. Para Deus, esse seria um caso extremo, uma possibilidade rara: uma mãe esquecer-se do próprio filho. No entanto, Ele deixa claro que, mesmo algo tão improvável, poderia acontecer. E é nesse ponto que entra a sua intervenção divina. O Senhor afirma: “Porventura, pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, contudo, Eu não me esquecerei de ti.” (Isaías 49:15). Muitas pessoas acreditam que, por terem cometido determinados pecados, foram banidas para sempre da presença de Deus e que jamais terão a chance de retornar e pedir perdão. Algumas desistiram, entregaram-se à culpa e vivem afastadas dele, pensando que o peso de seus erros foi grande demais para serem perdoadas. Entretanto, a mensagem de Isaías é clara: ...

Força no limite da fraqueza!

  Não sei se você tem percebido, mas estamos vivendo num mundo onde as nossas forças parecem ser sugadas todos os dias. A impressão é que chegamos tantas vezes ao nosso próprio limite e somos levados a acreditar que esse extremo é o último lugar a que chegaremos em nossa caminhada. Na verdade, parece que, a cada instante, o mundo cai ao nosso redor e nos sentimos incapazes, impotentes, limitados e entregues à própria sorte. O inimigo trabalha todos os dias, quase sempre com a mesma estratégia: nos levar a lugares áridos, sem vida ou possibilidade de recomeço. Não raras vezes nos sentimos solitários no meio deste universo imenso. Olhamos para todos os lados e não encontramos nenhum rosto conhecido nem alguém que consiga nos mostrar a saída deste labirinto infinito chamado existência. Para onde correr, se, em todas as direções, não há expectativa alguma? A quem pedir socorro, se não reconhecemos — em coisa alguma, nem em ninguém — poder para nos livrar? Entretanto, tenho uma boa ...

Ele não desceu da cruz!

  O episódio da crucificação de Jesus foi marcado por dor, sofrimento, entrega e exaustão levada ao limite máximo que o corpo humano pode suportar. No jardim do Getsêmani teve início a batalha espiritual: tomado por uma tristeza profunda, Jesus orou intensamente até suar gotas de sangue. Era o peso da missão, o fardo da humanidade sendo colocado sobre Ele. Logo depois, chegou Judas Iscariotes, o traidor, que o entregou aos soldados. A partir desse momento, Jesus passou a enfrentar agressões físicas e humilhações. Recebeu socos, pontapés, chicotadas e foi alvo de escárnio. Após Pôncio Pilatos lavar as mãos, declarando-se inocente daquele sangue, Jesus foi condenado à crucificação e iniciou a dolorosa caminhada rumo ao monte Gólgota, o lugar da execução. Ali, viveu cenas de intensa crueldade: roupas rasgadas, sede saciada apenas com vinagre e, por fim, o madeiro da cruz onde seria pregado. Em meio a tanta dor, ainda ouviu zombarias e desafios daqueles que presenciavam o ato: “Sal...

O Senhor é o meu Pastor!

  Um dia desses, fui surpreendido por uma discussão a respeito da melhor tradução para o Salmo 23:1. Durante muitos anos, ouvimos e repetimos a tradução mais comum em nossas igrejas: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.” Entretanto, de forma mais literal, esse versículo pode ser traduzido assim: “O Senhor é o meu pastor, Ele não me faltará.” Perceba a diferença. A tradução que mais usamos costuma nos direcionar a pensar em provisões materiais, como se a promessa fosse de que jamais passaríamos por necessidades físicas, econômicas ou de qualquer outra ordem terrena. Assim, muitas vezes pregamos que, tendo o Senhor como pastor, nada nos faltará em termos de recursos. Mas, quando voltamos os olhos para a tradução mais literal — “Ele não me faltará” — o coração é conduzido a outra realidade, muito mais profunda: não se trata de coisas, mas de presença . O que jamais nos faltará é o próprio Deus! E se Ele está presente, tudo o mais encontra o seu devido lugar. Quando o Sen...

Entre a Pressa e o Propósito

  O que tem motivado o seu corre-corre no dia a dia? Qual é o resultado dessa loucura que se tornou a busca incessante por sempre querer mais? Somos homens ou máquinas? Em que momento nos tornamos satisfeitos com aquilo que possuímos? Estamos, de fato, satisfeitos ou sempre nos falta alguma coisa? Todas essas questões são necessárias para refletirmos um pouco sobre o que tem nos levado a correr neste estádio chamado vida. A arena está diante de nós todos os dias, e, a cada amanhecer, somos impulsionados a buscar novos desafios. Também somos desafiados por um sistema que exige sempre mais. Quem já se sentiu confortável com o que tem e, por isso, não anda mais tão ansioso em conquistar algo novo? A sociedade na qual vivemos não permite que nos acomodemos com nosso modo de vida: é preciso sempre querer mais, ir além, descobrir novos horizontes, vencer antigos e novos gigantes, desafiar o que ainda não foi desafiado, lutar mesmo quando ninguém mais quer lutar, chamar para a batalha a...

Vale da decisão!

  As decisões podem ser uma mola propulsora para grandes realizações, assim como podem impedir que sonhos, arquitetados ao longo de anos, se tornem fumaça. Isso porque é a partir das escolhas que fazemos que os caminhos e as possibilidades da vida se descortinam diante de nós. No vai e vem da existência, muitas decisões são difíceis de serem tomadas. E, quando percebemos que o nosso futuro está intimamente ligado a algo sobre o qual precisamos nos posicionar imediatamente, não há como escapar: sentimos um frio na barriga e nos questionamos — será que esta é a melhor opção? Já considerei todas as variáveis que poderão interferir no resultado da minha ação? Com frequência, vemos pessoas que, ao saberem que a medicina já não pode oferecer cura para sua enfermidade, decidem recorrer apenas ao tratamento paliativo. Em outras palavras, deixam claro aos médicos que não gostariam de ser mantidas vivas por meio de aparelhos. Essa, certamente, não é uma decisão fácil. Na prática, estão e...

Vivendo o melhor de Deus em meio às tribulações!

  Todo esse panorama de caos profundo gera, não apenas nos ímpios, mas, sobretudo, naqueles que procuram obedecer a Deus e à Sua Palavra, uma sensação de insatisfação e intranquilidade. Isso porque, ao longo dos anos, fomos ensinados — de forma equivocada — que aquele que serve a Deus não pode passar por problemas e, muito menos, por lutas. Para muitos pregadores e pastores modernos, o que deve prevalecer é a ideia de uma vida sempre mansa, tranquila, livre de dificuldades. Não raramente, os púlpitos acabam se tornando verdadeiros muros de lamentações, servindo como palco para a reafirmação de uma imagem ilusória de super-homens: invencíveis, imunes a qualquer situação. Para muitos, é inadmissível ver um cristão passando por provas e adversidades. A visão predominante — inclusive propagada por líderes que atraem multidões — é a de que, se servimos a Cristo, a calamidade não pode nos atingir. Cria-se, assim, uma falsa noção de que vivemos em uma redoma espiritual, completamente pr...

O que você tem em suas mãos?

  Há pessoas que se consideram tão pobres que acreditam não ter nada para oferecer a ninguém. No entanto, quando olhamos ao nosso redor, percebemos que existem centenas de pessoas que esperam de nós apenas gestos e ações simples. Quando Pedro, Tiago e João subiam ao templo para orar, encontraram um homem que nada possuía. Conforme relata o escritor de Atos 3 , tratava-se de um coxo de nascença, que diariamente era colocado à porta do templo para pedir esmolas. Naquele tempo — assim como hoje — uma pessoa que não conseguia prover o próprio sustento precisava mendigar; caso contrário, morreria de fome. Ao ver os três apóstolos, o homem esperava receber algo deles. Sua expectativa era simples: talvez cada um pudesse oferecer ao menos uma moeda. Na sua matemática, aquele encontro poderia render-lhe três moedas. Mas sua decepção foi imediata. Pedro fixou os olhos nele — não com um olhar qualquer, mas com compaixão e amor — e lhe deu a entender que, naquele dia, sua história mudari...

É possível ser feliz?

  A felicidade é uma das coisas mais buscadas por todos nós. E, nestes tempos de comunicação rápida e em massa, o grande propósito de influenciadores, coaches e promotores de produtos é apresentar uma fórmula mágica para alcançá-la. No entanto, a despeito de todo esse emaranhado de informações que permeiam a internet e o nosso cotidiano, milhares de pessoas têm se sentido cada vez mais infelizes. A prova disso é que as estatísticas mostram o aumento do uso de medicamentos para o controle de problemas emocionais. Apesar das guerras, da violência, da corrupção, das calamidades humanitárias e de outras mazelas que surgem ao longo da existência humana, o salmista, em Salmos 1:1, chega à conclusão de que é, sim, possível ser feliz: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Salmos 1:1). Para isso, ele apresenta três condições essenciais para quem deseja ser verdadeiramente fe...

Para onde dirigir o olhar?

  Muitas coisas no mundo chamam a nossa atenção e disputam o nosso tempo e o nosso olhar. Gostamos de fixar os olhos em um belo quadro, admirar um jardim florido, contemplar as estrelas à noite ou até mesmo nos encarar no espelho. Em síntese, os nossos olhos revelam o mundo que está à nossa volta e fazem com que a beleza, assim como as mazelas, seja percebida e interpretada segundo a nossa experiência de vida. Infelizmente, o mundo não é feito apenas de coisas belas e agradáveis de serem vistas. O nosso olhar é confrontado e levado à exaustão pelas imagens de corpos magérrimos consumidos pela fome. Somos testemunhas de guerras sangrentas que matam e mutilam sem qualquer misericórdia. Os nossos olhos contemplam o horror dos crimes e da crueldade humana contra o próprio semelhante. Foi pensando em uma maneira de nos salvar desses acontecimentos tristes, que se repetem desde que o mundo é mundo, que o profeta Isaías nos conclama a não entrar em desespero diante das informações que...

A bênção não precisa parar

  As bênçãos são sinais da providência de Deus sobre as nossas vidas. Sentimo-nos felizes e realizados quando somos agraciados pelas intervenções sobrenaturais do Senhor. O problema é que, muitas vezes, também somos surpreendidos pelo estancamento repentino desse mover de Deus em diversas áreas da nossa vida. E, então, inevitavelmente nos questionamos e esperamos uma resposta: por que as coisas não continuaram como estavam? O que fez cessar as bênçãos de Deus? No livro de 2 Reis 4, temos a história de uma mulher casada com um dos discípulos do profeta Eliseu. O problema é que esse homem morreu e deixou uma dívida vultosa para ela pagar. Sem nenhum recurso financeiro, a única saída que lhe restou foi procurar o “patrão” de seu esposo. Acontece que o profeta Eliseu também não tinha dinheiro para quitar a dívida da viúva. A estratégia que Eliseu usou foi profetizar o sobrenatural sobre a vida daquela mulher. A primeira pergunta do homem de Deus foi: “O que tens em casa?” Ao que el...

O prazer que precede as bênçãos

  “Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração.” ( Salmos 37:4 )   A melhor tradução para esse versículo é: “Tenha prazer no Senhor, e Ele concederá os desejos do seu coração.”  Mas, quase sempre, queremos que o Senhor comece pela parte final desse verso. A grande luta do nosso coração é ver satisfeitos os nossos desejos. No entanto, para que isso aconteça, é preciso haver sintonia entre o coração do Pai e o do filho. O filho precisa encontrar alegria em estar na presença do Pai. Os encontros entre ambos devem ser de deleite, prazer e cumplicidade. Basta o Pai olhar para o filho para saber o que se passa em seu coração — e o filho, por sua vez, também reconhece o coração do Pai. Esse prazer em estar com Ele gera comunhão e sintonia. Não é necessário exigir nada. Quando o Pai encontra, no coração do filho, a disposição em servi-lo, Ele mesmo sonda o interior e concede os desejos. Quantos vivem em conflito com Deus, como se disputassem Su...