O que você tem em suas mãos?

 

Há pessoas que se consideram tão pobres que acreditam não ter nada para oferecer a ninguém. No entanto, quando olhamos ao nosso redor, percebemos que existem centenas de pessoas que esperam de nós apenas gestos e ações simples.

Quando Pedro, Tiago e João subiam ao templo para orar, encontraram um homem que nada possuía. Conforme relata o escritor de Atos 3, tratava-se de um coxo de nascença, que diariamente era colocado à porta do templo para pedir esmolas. Naquele tempo — assim como hoje — uma pessoa que não conseguia prover o próprio sustento precisava mendigar; caso contrário, morreria de fome.

Ao ver os três apóstolos, o homem esperava receber algo deles. Sua expectativa era simples: talvez cada um pudesse oferecer ao menos uma moeda. Na sua matemática, aquele encontro poderia render-lhe três moedas.

Mas sua decepção foi imediata. Pedro fixou os olhos nele — não com um olhar qualquer, mas com compaixão e amor — e lhe deu a entender que, naquele dia, sua história mudaria para sempre. Então disse: “Não tenho prata nem ouro...”

Mais uma vez, a frustração tomou conta do coxo: “Três homens fortes e nenhum deles com uma moeda sequer?” Como pode alguém passar por um necessitado e não deixar nada? Que tipo de seres humanos somos, quando não nos compadecemos da miséria alheia? Onde está o espírito de fraternidade e solidariedade em momentos assim? Perguntas justas e pertinentes diante daquela cena.

Pedro e os outros poderiam ter se sentido os piores dos homens por não oferecerem nem uma moeda ao necessitado. Afinal, quanta diferença faria uma moeda para alguém naquela condição? Entretanto, havia algo maior na vida dos apóstolos. Pedro deixou claro que o mais importante para aquele homem não era a esmola que caía em seu colo, mas a possibilidade de andar e conquistar o próprio sustento.

Nos dias de hoje, diríamos que Pedro preferiu entregar a vara de pescar em vez do peixe. E, num ato de fé impressionante, declarou: “O que tenho é maior e mais valioso que qualquer moeda. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!”

Pedro estava afirmando: “Nós temos um nome conosco, Jesus Cristo, o Nazareno. E esse nome é mais precioso do que todo ouro, prata, diamantes e pedras preciosas. Seu valor é incalculável e seu poder é ilimitado. Ele pode fazer o impossível acontecer, até levantar um coxo de nascença.”

E você? O que tem feito com esse nome? Olhe para dentro de si e, quando encontrar alguém necessitado — não apenas de dinheiro ou comida, mas de cura interior, física, emocional ou espiritual — declare: “Eu tenho comigo um nome que pode transformar sua vida agora.”

Assim como Pedro, determine pela fé a cura, a graça e o poder de Deus sobre a pessoa ao seu lado, que talvez esteja desesperada por um milagre. Pois no nome de Jesus Cristo há poder.

 

Texto: Marcos A L Pereira

 

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