O que ainda me falta?
Carregamos dentro de nós a
eterna insatisfação e a sensação de incompletude. Desde cedo, somos estimulados
pelos nossos pais a estudar para “ser alguém na vida”. Escolhemos, então, a
carreira mais atraente, muitas vezes a mais lucrativa e que nos projeta certo
status social. Concluímos a formação e, então, surge um novo desafio: como nos
estabelecer como profissionais reconhecidos e alcançar uma vida financeira
equilibrada?
Quando percebemos, já se
passaram mais da metade de nossas vidas, e continuamos a nos sentir
insatisfeitos e incompletos. Sem entender muito, seguimos nos perguntando: “O
que ainda me falta?” Isso acontece porque, no fundo, permanece aquela sensação
de que não conseguimos chegar aonde deveríamos.
Essas inquietações nos
acompanham desde sempre. Jesus contou a parábola de um homem muito rico que
decidiu aumentar ainda mais a sua plantação. Ao final, a aposta se confirmou:
ele colheu uma safra nunca vista. Porém, diante de tamanha colheita, surgiu outro
problema: onde armazenar tudo aquilo? Rapidamente, ele encontrou a solução: “Derrubarei
os meus celeiros, e edificarei outros maiores; e ali recolherei todas as minhas
novidades e os meus bens.” (Lucas 12:18)
O fazendeiro conseguiu
ampliar sua produção e resolver a questão do armazenamento, construindo
celeiros ainda maiores. Contudo, quando pensou ter solucionado todas as
questões da vida, surgiu uma outra, que ele não tinha considerado: “Louco!
Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”
(Lucas 12:20)
Em suma, temos nos preparado
para muitas coisas do cotidiano, mas, em diversas ocasiões, temos negligenciado
o vazio persistente em nossas almas. Isso ocorre porque esquecemos o valor do
que transcende o material: a nossa alma. Quando chegamos ao topo das
realizações pessoais, é preciso perguntar: “O que ainda me falta?”
Texto: Marcos A L Pereira
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