Ele não desceu da cruz!

 

O episódio da crucificação de Jesus foi marcado por dor, sofrimento, entrega e exaustão levada ao limite máximo que o corpo humano pode suportar. No jardim do Getsêmani teve início a batalha espiritual: tomado por uma tristeza profunda, Jesus orou intensamente até suar gotas de sangue. Era o peso da missão, o fardo da humanidade sendo colocado sobre Ele. Logo depois, chegou Judas Iscariotes, o traidor, que o entregou aos soldados.

A partir desse momento, Jesus passou a enfrentar agressões físicas e humilhações. Recebeu socos, pontapés, chicotadas e foi alvo de escárnio. Após Pôncio Pilatos lavar as mãos, declarando-se inocente daquele sangue, Jesus foi condenado à crucificação e iniciou a dolorosa caminhada rumo ao monte Gólgota, o lugar da execução.

Ali, viveu cenas de intensa crueldade: roupas rasgadas, sede saciada apenas com vinagre e, por fim, o madeiro da cruz onde seria pregado. Em meio a tanta dor, ainda ouviu zombarias e desafios daqueles que presenciavam o ato: “Salva-te a ti mesmo e desce da cruz (Marcos 15:30).

A crucificação era considerada a punição mais cruel e degradante do mundo romano, reservada apenas para crimes gravíssimos. Do ponto de vista humano, Jesus teria todos os motivos para querer escapar daquele sofrimento e descer da cruz.

No entanto, Ele não desceu da cruz! Pelo contrário, como escreveu o apóstolo Paulo: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:8). Jesus permaneceu firme, porque a motivação não estava em si mesmo, mas em nós. O amor de Deus é tão profundo e imensurável que não poderia haver outro caminho para a salvação da humanidade senão o sacrifício perfeito do seu Filho.

Assim, Jesus sofreu e morreu por amor. Ele não desceu da cruz porque não quis abrir mão de nenhum ser humano que viesse a nascer neste mundo. A nossa liberdade custou a vida de Jesus. Diante de tão grande sacrifício, o chamado para nós é claro... viver em resposta a esse amor, amando-o acima de todas as coisas.

 

Texto: Marcos A L Pereira

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