Vivendo o melhor de Deus em meio às tribulações!
Todo esse panorama de caos profundo gera, não
apenas nos ímpios, mas, sobretudo, naqueles que procuram obedecer a Deus e à
Sua Palavra, uma sensação de insatisfação e intranquilidade. Isso porque, ao
longo dos anos, fomos ensinados — de forma equivocada — que aquele que serve a
Deus não pode passar por problemas e, muito menos, por lutas. Para muitos
pregadores e pastores modernos, o que deve prevalecer é a ideia de uma vida
sempre mansa, tranquila, livre de dificuldades.
Não raramente, os
púlpitos acabam se tornando verdadeiros muros de lamentações, servindo como
palco para a reafirmação de uma imagem ilusória de super-homens: invencíveis,
imunes a qualquer situação. Para muitos, é inadmissível ver um cristão passando
por provas e adversidades. A visão predominante — inclusive propagada por
líderes que atraem multidões — é a de que, se servimos a Cristo, a calamidade
não pode nos atingir. Cria-se, assim, uma falsa noção de que vivemos em uma
redoma espiritual, completamente protegidos dos reveses deste mundo conturbado.
Entretanto, o apóstolo
Paulo — escrevendo a crentes (e isso é fundamental destacar) — deixa claro que
o cristão pode, sim, atravessar momentos de tribulação. Ele afirma: “Porque a
nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui
excelente.” (2 Coríntios 4:17).
Com essas palavras, Paulo
queria abrir os olhos dos irmãos para a realidade de que, nesta vida,
enfrentaremos tempestades e sofrimentos. Seu objetivo era que não vivessem
alheios às circunstâncias terrenas, pois elas, inevitavelmente, interferem em
nossa caminhada cristã.
Ao decidirmos seguir
Jesus, atraímos sobre nós o olhar furioso do inimigo, que busca nos destruir de
todas as maneiras. Em nenhum momento, a Palavra de Deus promete uma vida fácil
ou livre de tribulações. Pelo contrário: ela nos ensina a atravessar as
dificuldades com fé e perseverança, assegurando que o Senhor estará conosco em
cada etapa da jornada.
O motivo pelo qual o
apóstolo Paulo não se deixava abater pelas tribulações — e ainda ensinava os
cristãos a enfrentá-las com alegria — está na convicção de que essas
experiências produzem em nós um peso eterno de glória. Para ele, as provações
eram instrumentos de Deus para moldar o caráter, gerar maturidade espiritual e
fortalecer o testemunho dos que permanecem firmes no serviço ao Senhor.
Embora, no início, as
tribulações pareçam insuportáveis ou sem sentido, a perspectiva da fé nos
mostra que elas resultam em glória, pois é justamente nesses momentos que
experimentamos mais intensamente a presença e o cuidado de Deus.
Que o Senhor nos ajude a
compreender o propósito de cada tribulação, nos conceda forças para vencê-las
uma a uma e nos permita experimentar a sua glória em meio às tempestades da
vida.
Texto: Marcos A L Pereira
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