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Mostrando postagens de junho, 2024

Como devemos orar?

  Uma das orações mais recitadas ao redor do mundo por todos os cristãos é a oração do Pai Nosso, ensinada pelo próprio Jesus em resposta aos discípulos. O aspecto que desejo abordar aqui é especificamente a parte desta prece que diz: "[...] seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" (Mateus 6:10). A ênfase neste versículo está relacionada diretamente à seguinte questão: quando oramos, qual vontade queremos que prevaleça? Parece que a resposta está clara no versículo citado. E por que a vontade de Deus deve sempre prevalecer? Porque Ele conhece o nosso futuro. Nós conhecemos apenas o que já passou e, no máximo, o que estamos vivendo neste exato momento. Uma descrição muito esclarecedora desse entendimento pode ser encontrada no Salmo 139. Deus conhece tudo: nosso levantar, nosso deitar, as palavras que ainda sairão da nossa boca e até mesmo nossos pensamentos. É por isso que Ele é Deus. A Bíblia está repleta de exemplos de homens e mulheres que oraram para que

Cura-me, Senhor, e salva-me!

  “Cura-me, Senhor, e sararei; salva-me, e serei salvo” ( Jeremias 17:14 )   Havia, nas palavras do profeta Jeremias, duas urgências que precisavam ser resolvidas: a cura e a salvação. São processos tão profundos e radicais que somente o Senhor poderia realizá-los satisfatoriamente. Mas por que somente um Deus sobrenatural, que age no meio do caos, teria a autoridade para agir? Primeiramente, a cura mencionada pelo profeta vai muito além do restabelecimento de alguma enfermidade física. Era algo que sequestrava e dominava a alma, transcendendo o mundo físico e temporal, adentrando o âmago da alma e do espírito. Não se tratava apenas da superficialidade da pele, dos órgãos ou do desequilíbrio passageiro das emoções enraizadas num passado distante. O profeta falava da cura da alma que se encontrava em desespero ao se afastar gradualmente de seu Criador. Portanto, o pedido de socorro é urgente, específico e direto: "Cura-me, Senhor!" Uma segunda constatação também expre

Os planos de Deus!

“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro” (Jeremias 29:11).   O que mais revela o caráter de Deus são a sua benignidade, misericórdia, longanimidade e amor. Não houve um único momento na história da humanidade em que a mão de Deus não estivesse agindo para guiar o ser humano para um desfecho bem-sucedido, mesmo quando o próprio homem fazia escolhas equivocadas. Deus sempre teve um plano para nos levar em segurança para casa. Esse plano de Deus envolve dois aspectos importantes. Primeiro, Deus deseja a prosperidade de todos. Em outras palavras, podemos afirmar que Deus deseja que seu povo não continue sendo roubado e saqueado pelos inimigos. O segundo aspecto é ter esperança e um futuro. Sem esperança, não se vive. É preciso acordar cada manhã com a perspectiva de que algo melhor nos espera adiante. É necessário que o futuro seja promissor para nos tirar d
  As grandes batalhas no passado aconteciam nos vales. Os exércitos mais poderosos da antiguidade marcavam seus grandes confrontos nos vales. Portanto, o vale significava luta, batalha, medo, superação e encontro. E quando digo que nos vales aconteciam as grandes batalhas, não me refiro apenas ao aspecto visível e humano que isso representa, mas também às memoráveis batalhas travadas entre Deus e o homem, que ansiava encontrar seu Criador e desfrutar de Sua presença. Um desses encontros marcantes foi quando Jacó, ao retornar para a casa de seus pais e parentes, chegou exatamente a um vale. Esse vale se chamava “vau de Jaboque”. Jacó sabia que precisava de um tempo sozinho com o Senhor. O vale, naquele momento, representava um lugar de batalha para Jacó, mas, sobretudo, era um lugar de revelação e de comunhão. Você sabe por que entrou no vale? O que você esperava encontrar no vale? A visão que o salmista apresenta em Salmos 23:4 é de um vale tomado por sombras e cheirando a morte. M

Dá força ao cansado

 Não sei se você tem percebido que estamos vivendo em um mundo onde nossas forças parecem ser sugadas todos os dias. A sensação é de que muitas vezes chegamos ao nosso próprio limite e somos levados a acreditar que aquele extremo é o último lugar a que chegaremos em nossa caminhada. Na verdade, parece que a cada instante o mundo está caindo ao nosso redor, e nos sentimos incapazes, impotentes, limitados e entregues à nossa própria sorte. O inimigo trabalha todos os dias, quase sempre com a mesma estratégia, de nos levar a lugares áridos, sem nenhuma vida ou possibilidade de recomeço. Não raras vezes, nos sentimos solitários no meio deste universo imenso. Olhamos para todos os lados e não encontramos nenhum rosto conhecido, ninguém que nos consiga mostrar a saída deste labirinto infinito chamado existência. Para onde correr, se em todas as direções não há nenhuma expectativa? A quem pedir socorro se não reconhecemos em nada nem em ninguém o poder para nos dar livramento? Entretanto, o S

De onde me vem o socorro?

  Só pede socorro quem se encontra em uma situação limite de desespero. Ao olhar para todos os lados e não perceber uma saída, a última tentativa é pedir a interferência de alguém que consiga lançar luz na escuridão do desespero que se está vivendo. Não gritamos por socorro simplesmente porque o gás acabou, a cabeça começou a doer ou mesmo porque alguém nos fez passar muita raiva durante o dia. Para desencadear o pedido de ajuda extrema, é necessário que aconteça algo extremo. Entretanto, o problema maior não é decidir pedir socorro, mas para quem dirigir as últimas forças com a perspectiva de que esse alguém poderá nos ajudar. No Salmo 121:1, o salmista se depara com uma situação aterradora. Ele olha para todos os lados e não encontra o que chamamos de “luz no fim do túnel”. Diante dessa situação, então ele se pergunta: “[...] de onde me virá o socorro?” Quem nunca viveu um momento como esse em algum momento de sua vida? Nunca foi fácil para ninguém encontrar a resposta para essa pe

Por que estás ao longe, Senhor?

  Há momentos em que parece que todos nos abandonaram e que estamos sozinhos no barco da vida. Nos sentimos estrangeiros no nosso próprio ambiente em que vivemos. O desamparo parece uma realidade imutável. As névoas negras parecem encobrir todo o céu, e até onde a nossa vista alcança só se enxerga tempestade, turbulência e morte. São em momentos como esses que chegamos até mesmo a duvidar da presença e providência do Senhor. Achamos que chegamos ao fundo do poço e, portanto, não há escapatória para o turbilhão que vivemos. No livro de Salmos 10:1 encontramos a seguinte declaração: “Por que estás ao longe, SENHOR? Por que te escondes nos tempos de angústia?” Nesse versículo, há duas questões que assombravam o salmista. A primeira questão que o salmista queria entender era por que o Senhor estava longe. Parece uma contradição proposital deixada como exemplo para nós, geração do século XXI. Pois a sensação que toma a vida de milhares de pessoas ao redor do mundo é exatamente esta: senti

Há esperança pra você!

Andando e observando uma área de reserva que foi queimada recentemente, vi um ipê com o tronco queimado e cercado por todos os lados por cinzas e carvão da madeira consumida pelo fogo. E qual foi a minha surpresa? Ao olhar para os galhos daquela árvore, apesar de estarem todos secos e sem nenhuma folha verde, ela estava repleta de flores amarelas... Ele é o que chamamos popularmente de ipê-amarelo. O ipê estava ali, imponente naquele cerrado queimado e destruído pelo fogo, desfilando toda a sua beleza com flores amarelas. Imediatamente veio à minha mente o versículo de Jó 14:7: “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.” A árvore não desiste de sobreviver, de se renovar, de se reinventar, de voltar a brotar novamente. Precisamos aprender com essa mensagem da árvore. O propósito de Deus é que voltemos a dar ramos novos outra vez, que embelezemos o Seu jardim com flores lindas e exuberantes. Portanto, não importa o que tenha

“Ainda que Ele me mate”

  Quase todos conhecem a história de Jó. Ele era um homem de prestígio, riqueza, fama e reconhecimento. Um belo dia, a vida de Jó virou de cabeça para baixo. Seus empregados começaram a trazer notícias trágicas. No início, eram notícias relacionadas apenas ao seu patrimônio, como gado, ovelhas e casas. Mas as coisas começaram a piorar, e as notícias se tornaram cada vez mais impregnadas de morte e destruição. Jó começou a perder seus filhos e filhas. E, finalmente, um dia, ele perdeu a própria saúde. Ele havia chegado ao fundo do poço. Mas, em vez de lamentar todo o caos em que sua vida se transformou, ele chegou a uma conclusão desafiadora para ele e para nós também. É preciso ir até as últimas consequências, mesmo perdendo tudo. Então Jó declarou: “Ainda que ele me mate, nele esperarei [...]” (Jó 13:15). Voltar atrás não era uma opção, e desistir de tudo também não. Jó estava dizendo a Deus: “Ainda que o Senhor me tire o bem mais precioso, que é a minha vida, não apagarei a confi