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Ele não desceu da cruz!

  O episódio da crucificação de Jesus foi marcado por dor, sofrimento, entrega e exaustão levada ao limite máximo que o corpo humano pode suportar. No jardim do Getsêmani teve início a batalha espiritual: tomado por uma tristeza profunda, Jesus orou intensamente até suar gotas de sangue. Era o peso da missão, o fardo da humanidade sendo colocado sobre Ele. Logo depois, chegou Judas Iscariotes, o traidor, que o entregou aos soldados. A partir desse momento, Jesus passou a enfrentar agressões físicas e humilhações. Recebeu socos, pontapés, chicotadas e foi alvo de escárnio. Após Pôncio Pilatos lavar as mãos, declarando-se inocente daquele sangue, Jesus foi condenado à crucificação e iniciou a dolorosa caminhada rumo ao monte Gólgota, o lugar da execução. Ali, viveu cenas de intensa crueldade: roupas rasgadas, sede saciada apenas com vinagre e, por fim, o madeiro da cruz onde seria pregado. Em meio a tanta dor, ainda ouviu zombarias e desafios daqueles que presenciavam o ato: “Sal...

O Senhor é o meu Pastor!

  Um dia desses, fui surpreendido por uma discussão a respeito da melhor tradução para o Salmo 23:1. Durante muitos anos, ouvimos e repetimos a tradução mais comum em nossas igrejas: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.” Entretanto, de forma mais literal, esse versículo pode ser traduzido assim: “O Senhor é o meu pastor, Ele não me faltará.” Perceba a diferença. A tradução que mais usamos costuma nos direcionar a pensar em provisões materiais, como se a promessa fosse de que jamais passaríamos por necessidades físicas, econômicas ou de qualquer outra ordem terrena. Assim, muitas vezes pregamos que, tendo o Senhor como pastor, nada nos faltará em termos de recursos. Mas, quando voltamos os olhos para a tradução mais literal — “Ele não me faltará” — o coração é conduzido a outra realidade, muito mais profunda: não se trata de coisas, mas de presença . O que jamais nos faltará é o próprio Deus! E se Ele está presente, tudo o mais encontra o seu devido lugar. Quando o Sen...

Entre a Pressa e o Propósito

  O que tem motivado o seu corre-corre no dia a dia? Qual é o resultado dessa loucura que se tornou a busca incessante por sempre querer mais? Somos homens ou máquinas? Em que momento nos tornamos satisfeitos com aquilo que possuímos? Estamos, de fato, satisfeitos ou sempre nos falta alguma coisa? Todas essas questões são necessárias para refletirmos um pouco sobre o que tem nos levado a correr neste estádio chamado vida. A arena está diante de nós todos os dias, e, a cada amanhecer, somos impulsionados a buscar novos desafios. Também somos desafiados por um sistema que exige sempre mais. Quem já se sentiu confortável com o que tem e, por isso, não anda mais tão ansioso em conquistar algo novo? A sociedade na qual vivemos não permite que nos acomodemos com nosso modo de vida: é preciso sempre querer mais, ir além, descobrir novos horizontes, vencer antigos e novos gigantes, desafiar o que ainda não foi desafiado, lutar mesmo quando ninguém mais quer lutar, chamar para a batalha a...

Vale da decisão!

  As decisões podem ser uma mola propulsora para grandes realizações, assim como podem impedir que sonhos, arquitetados ao longo de anos, se tornem fumaça. Isso porque é a partir das escolhas que fazemos que os caminhos e as possibilidades da vida se descortinam diante de nós. No vai e vem da existência, muitas decisões são difíceis de serem tomadas. E, quando percebemos que o nosso futuro está intimamente ligado a algo sobre o qual precisamos nos posicionar imediatamente, não há como escapar: sentimos um frio na barriga e nos questionamos — será que esta é a melhor opção? Já considerei todas as variáveis que poderão interferir no resultado da minha ação? Com frequência, vemos pessoas que, ao saberem que a medicina já não pode oferecer cura para sua enfermidade, decidem recorrer apenas ao tratamento paliativo. Em outras palavras, deixam claro aos médicos que não gostariam de ser mantidas vivas por meio de aparelhos. Essa, certamente, não é uma decisão fácil. Na prática, estão e...

Vivendo o melhor de Deus em meio às tribulações!

  Todo esse panorama de caos profundo gera, não apenas nos ímpios, mas, sobretudo, naqueles que procuram obedecer a Deus e à Sua Palavra, uma sensação de insatisfação e intranquilidade. Isso porque, ao longo dos anos, fomos ensinados — de forma equivocada — que aquele que serve a Deus não pode passar por problemas e, muito menos, por lutas. Para muitos pregadores e pastores modernos, o que deve prevalecer é a ideia de uma vida sempre mansa, tranquila, livre de dificuldades. Não raramente, os púlpitos acabam se tornando verdadeiros muros de lamentações, servindo como palco para a reafirmação de uma imagem ilusória de super-homens: invencíveis, imunes a qualquer situação. Para muitos, é inadmissível ver um cristão passando por provas e adversidades. A visão predominante — inclusive propagada por líderes que atraem multidões — é a de que, se servimos a Cristo, a calamidade não pode nos atingir. Cria-se, assim, uma falsa noção de que vivemos em uma redoma espiritual, completamente pr...

O que você tem em suas mãos?

  Há pessoas que se consideram tão pobres que acreditam não ter nada para oferecer a ninguém. No entanto, quando olhamos ao nosso redor, percebemos que existem centenas de pessoas que esperam de nós apenas gestos e ações simples. Quando Pedro, Tiago e João subiam ao templo para orar, encontraram um homem que nada possuía. Conforme relata o escritor de Atos 3 , tratava-se de um coxo de nascença, que diariamente era colocado à porta do templo para pedir esmolas. Naquele tempo — assim como hoje — uma pessoa que não conseguia prover o próprio sustento precisava mendigar; caso contrário, morreria de fome. Ao ver os três apóstolos, o homem esperava receber algo deles. Sua expectativa era simples: talvez cada um pudesse oferecer ao menos uma moeda. Na sua matemática, aquele encontro poderia render-lhe três moedas. Mas sua decepção foi imediata. Pedro fixou os olhos nele — não com um olhar qualquer, mas com compaixão e amor — e lhe deu a entender que, naquele dia, sua história mudari...

É possível ser feliz?

  A felicidade é uma das coisas mais buscadas por todos nós. E, nestes tempos de comunicação rápida e em massa, o grande propósito de influenciadores, coaches e promotores de produtos é apresentar uma fórmula mágica para alcançá-la. No entanto, a despeito de todo esse emaranhado de informações que permeiam a internet e o nosso cotidiano, milhares de pessoas têm se sentido cada vez mais infelizes. A prova disso é que as estatísticas mostram o aumento do uso de medicamentos para o controle de problemas emocionais. Apesar das guerras, da violência, da corrupção, das calamidades humanitárias e de outras mazelas que surgem ao longo da existência humana, o salmista, em Salmos 1:1, chega à conclusão de que é, sim, possível ser feliz: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Salmos 1:1). Para isso, ele apresenta três condições essenciais para quem deseja ser verdadeiramente fe...