Entre a Insegurança Humana e a Fidelidade de Deus!
Gostamos de nos sentir seguros,
amparados e confiantes. Não existe coisa pior do que andar desconfiado,
inseguro, olhando para todos os lados e tentando se agarrar a alguma coisa ou a
alguém. Gostamos de ter a certeza de que, aconteça o que acontecer, estaremos
guardados e protegidos nas mãos de alguém cem por cento à prova de falhas.
É tremendamente desagradável
quando, por exemplo, um amigo falha conosco. Parece que, a partir daquele
momento, ocorre o rompimento de um laço que nos unia de forma irrestrita e
forte. Com essa ruptura, passamos a nos sentir desconfortáveis, desconfiados,
inseguros e incertos quanto ao que poderá acontecer em outras situações, quando
depositarmos novamente todas as nossas fichas na mesma pessoa. Não raramente,
ouvimos dizer que, hoje em dia, está muito difícil encontrar alguém em quem se
possa confiar de verdade. Sempre escutamos que as pessoas confiam desconfiando
— talvez pelas quebras de alianças acontecidas no passado.
Diante dessas decepções, talvez a
pergunta fundamental neste momento seja: em quem você está colocando a sua
confiança? Em que projetos você tem apostado todas as suas fichas? Eles são
verdadeiramente confiáveis? Tenha cuidado com os seus passos em direção ao
desconhecido, principalmente se estiver considerando apenas a palavra do homem
— ainda que seja alguém em quem você confie e conheça há muito tempo.
No capítulo 8 da carta aos
crentes de Roma, o apóstolo Paulo apresentou uma série de problemas e
dificuldades enfrentadas por aqueles cristãos. Ao concluir sua exposição sobre
todos os inimigos que cercavam a Igreja, Paulo levantou algumas questões que
levaram os cristãos a refletir. A primeira coisa que o apóstolo quis saber dos
cristãos romanos foi: “O que diremos, pois, a estas coisas?” Que coisas? Uma
grande lista de dificuldades a serem enfrentadas diariamente por quem decidiu
seguir Jesus. Há quem diga que servir a Deus é a coisa mais fácil do mundo.
Paulo poderia afirmar, com toda certeza, que quem diz tal coisa não conhece
verdadeiramente o que significa servir ao Senhor.
Portanto, assim como os cristãos
de Roma precisaram responder, hoje e agora, também nós devemos nos perguntar: o
que diremos sobre todas as coisas que temos passado? Vamos apenas sentar à
beira do caminho e lamentar as aflições, lutas, batalhas e problemas que
enfrentamos, ou vamos olhar para aquele que tem andado conosco e em quem temos
colocado a nossa confiança?
Sim, porque, depois de mencionar
todas as intempéries da vida pelas quais aqueles homens e mulheres haviam
passado, o apóstolo Paulo faz uma segunda pergunta — tão importante e crucial
quanto a primeira: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Ou seja, se Deus
está conosco, a quem temeremos? Seja sincero: se o próprio Deus lhe aparecesse
à noite e dissesse: “Fique tranquilo, Eu estou com você nesta tempestade”, qual
seria a sua atitude no dia seguinte?
Posso até imaginar a reação de
algumas pessoas ao ler essa frase. Muitos arregalam os olhos, dão um suspiro
profundo, colocam um sorriso nos lábios e dizem: “Ah! Eu ficaria tranquilo...
Já pensou o próprio Deus andando comigo?”.
Pois é exatamente isso que Ele
nos diz em Sua Palavra. Isso significa que podemos depositar n’Ele toda a nossa
confiança e apostar todas as nossas fichas, pois Ele jamais falha ou nos
decepciona. Para isso, basta tomar posse da Sua Palavra e seguir pela fé. Todas
as vezes que você enfrentar uma tempestade e as coisas parecerem difíceis, tome
posse dessa promessa e confesse: “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é
por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31).
Texto: Marcos A L Pereira
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