Um gigante a sua porta!

 

Já ouviu aquela expressão de que é necessário “matar um leão por dia”? Pois bem, acontece que, em muitas ocasiões da nossa vida, surgem não apenas leões, mas também ursos e gigantes. Isso mesmo, gigantes que não estavam no roteiro dos acontecimentos do nosso dia. A impressão que temos quando isso acontece é a de que estamos vivendo em uma realidade paralela. Não apenas o susto nos golpeia, mas, sobretudo, a necessidade urgente de enfrentá-los.

Jessé, o pai de Davi, ficou preocupado com seus filhos, que estavam na guerra a serviço do rei Saul. Como os dias se passavam e ninguém trazia notícias, Jessé resolveu enviar o jovem Davi, que, por causa da pouca idade e da falta de experiência em guerras, permanecia em casa ajudando o pai a cuidar do rebanho.
Afligido pelos dias sem qualquer novidade, Jessé decidiu enviar o filho caçula para saber como as coisas se desenrolavam no campo de batalha.

Davi pegou alguns pães, farinha e leite e marchou para o local de concentração dos exércitos de Israel e dos Filisteus. Ao entregar as encomendas do pai, Davi se deparou com um gigante à sua frente. A cena se tornou ainda mais grotesca quando o gigante gritou bem alto, para quem quisesse ouvir: “Hoje desafio as companhias de Israel: dai-me um homem, para que ambos pelejemos” (1 Samuel 17:10).

Todos os homens de Israel fugiram diante do desafio do gigante. Davi, ao ver aquela cena, não podia acreditar no medo que eles tinham de Golias. Então, imediatamente, apresentou-se ao rei Saul e disse: “Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra este filisteu” (1 Samuel 17:32).

Quando viu aquele adolescente à sua frente, Saul perguntou a Davi: “Quais são as suas credenciais para lutar contra este gigante?”. Davi respondeu: “Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e, quando vinha um leão ou um urso e tomava uma ovelha do rebanho, eu saía após ele, o feria e livrava-a da sua boca. E, quando ele se levantava contra mim, lançava-lhe mão da barba, feria-o e o matava” (1 Samuel 17:34-35).

Veja, para Davi, não importava o tamanho do gigante. Poderia ser um leão, um urso ou mesmo um homem com quase três metros de altura, o destino seria o mesmo. E por que isso é importante? Porque há muitos cristãos que acreditam que Deus pode curar uma dor de dente, mas não pode curar um câncer. Acreditam que Deus pode fazer milagres, mas que isso depende do tipo de milagre. Ou ainda, que Deus pode vencer as batalhas menores, mas as grandes são “outra história”.

O princípio que Davi seguia era simples: “O Deus que pode fazer pequenas coisas também pode realizar coisas extraordinárias.” Enquanto os homens de Israel fugiam diante do gigante, aquele jovem, ainda moço, se apresentou para confrontá-lo.

E a primeira coisa que o gigante fez com Davi, e faz conosco, é tentar nos desacreditar. Golias pensava que, como acontecera nos outros dias em que ele desafiava os homens de Israel e todos fugiam, o mesmo ocorreria agora. Porém, quando saiu ao seu encontro um jovem ruivo e de aspecto gentil, o gigante riu e disse: “Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus?” (1 Samuel 17:43).

Você já se sentiu desacreditado? Os inimigos já riram da sua fé? Já colocaram em xeque a sua confiança em Deus? Tome a mesma atitude de Davi. Olhe nos olhos do gigante que está à sua porta e diga: “Eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado” (1 Samuel 17:45).

A sua coragem em descer para a batalha é fundamental para que o Senhor entregue, feridos e caídos diante de você, todos os gigantes que estacionaram à sua porta. O nosso Deus não conhece gigante que não possa ser derrotado. Ele esteve com Davi e está conosco todos os dias de nossas vidas.


Texto: Marcos A L Pereira

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