Confissão: um chamado ao perdão!
“Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça.” (I João 1:9).
Confissão: um dos aspectos mais importantes e, ao
mesmo tempo, mais desafiadores da vida cristã. Confessar envolve humildade,
entrega, devoção e reconhecimento. Acima de tudo, é reconhecer que Deus ocupa,
de fato, o lugar de Senhor na vida daquele que confessa. A confissão não se
resume a palavras ou gestos externos, mas reflete a atitude de um coração
quebrantado, disposto a se render completamente ao seu Senhor.
As palavras, nesse momento, devem fluir como um rio
perene que segue em direção ao seu destino, contornando obstáculos, porque sabe
que precisa alcançar seu objetivo. E qual é esse objetivo? Escancarar o nosso
ser sem reservas diante do Pai. Não deve haver espaços ocultos ou situações
escondidas quando nos aproximamos dele para confessar. Confessar é desnudar-se
diante daquele que tudo vê.
Ao decidir confessar, o homem está declarando a
Deus que precisa ser ouvido, que deseja que suas faltas sejam analisadas à luz
do sangue de Jesus vertido na cruz do Calvário. Nesse instante, o Espírito
Santo sonda nosso interior, vasculhando as profundezas do nosso ser. Ao
detectar as falhas e manchas, acende-se um sinal de alerta. Então, despimo-nos
de nós mesmos para nos revestir do novo homem, que anseia se aproximar cada vez
mais do altar da adoração.
Apesar da grande importância da confissão, Deus nos
concede a liberdade de escolha. O apóstolo João inicia o versículo com o
pronome condicional “se”, indicando que confessar é uma decisão nossa. Podemos,
portanto, optar por não usar essa poderosa arma que nos conduz a um nível mais
profundo de comunhão com Deus. Podemos até dizer a Jesus que não nos interessa
essa aproximação que nos torna mais limpos e santos diante dele. Mas, se
fizermos isso, o maior prejudicado seremos nós mesmos, pois Deus não nos
forçará. Ele não colocará uma arma em nossa cabeça para exigir confissão.
A decisão de confessar é nossa; a de perdoar, é do
Senhor. E Ele não deixa dúvidas sobre as consequências para quem se rende a
Ele: além de perdoar, o que nos enche de alegria, paz e satisfação, Jesus
realiza uma obra ainda mais maravilhosa: Ele nos purifica de todo pecado. Sabe
o que isso significa? Que não importa o que você tenha feito, o Senhor
simplesmente cancela a dívida que havia contra você.
A afirmação de Paul Tripp ecoa como uma verdade
gloriosa:
“Não há vida tão profunda e tragicamente pecaminosa que esteja fora do alcance
da maravilhosa graça resgatadora de Deus.” Eis o caminho para o perdão divino!
Texto: Marcos A L Pereira
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