Navegando em águas turbulentas
É evidente
que encarar qualquer tipo de tempestade não é uma tarefa fácil, e muito menos
prazerosa. A tempestade traz consigo o caos, a destruição e, invariavelmente,
tiram as coisas do lugar. É um momento de incômodo não só para o corpo, mas
principalmente para a alma.
Jonas, o
fugitivo de Deus se encontrava em um navio no meio do mar indo para bem longe.
Longe de Deus, de sua missão e de sua identidade. Na verdade, a tempestade já
havia iniciado no coração do profeta quando ele decidiu tomar o navio para
Társis ao invés de Nínive.
Mesmo com
toda a agitação dentro da sua alma, Jonas decidiu se esconder de tudo e de
todos e se alojar no porão do navio. Esconder-se parecia ser a tarefa mais
apropriada. Há sempre a expectativa de que outros lugares, por mais escuros que
sejam, nos afague de alguma maneira e nos acolha nos momentos dos vendavais.
Somos
humanos e em muitas circunstâncias preferimos o porão, mesmo que ele não seja o
lugar mais adequado. Mas, é importante entender que mesmo depois dessa parada,
vai chegar o momento em que precisaremos nos levantar, sacudir a poeira e dizer
para a tempestade... “E aí? O seu tempo, a sua força e a sua influência sobre
mim acabaram!”
A exemplo
do que aconteceu com Jonas, podemos logo após a tempestade, voltar o nosso navio
para navegar em águas calmas e tranquilas, e seguir o fluxo da vida.
“[...]
Jonas, porém, havia descido ao porão e se deitado; e dormia profundamente”
(Jonas 1:5b).
Texto: Marcos A L Pereira
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