Vida em meio a morte
A exemplo
do que aconteceu com o profeta Ezequiel em seu relato no capítulo 37 de seu
livro, vivemos também na presente geração em um verdadeiro vale de osso secos. Para
onde olhamos, só encontramos morte e violência em seu nível mais brutal que um
ser humano pode enxergar e vivenciar. E, tal como o profeta Ezequiel, somos conduzidos,
diuturnamente, a experimentar o que se passa em um vale cheio de ossos secos.
E qual a perspectiva
que se deslumbrou diante de Ezequiel? Primeiro, um vale que em seu sentido mais
preeminente, significava lugar de batalhas e lutas sangrentas entre exércitos
inimigos. Em segundo lugar, esse vale estava cheio de ossos, e mais do que
isso, esses ossos estavam sequíssimos. Ou seja, o cenário era de morte em seu
estágio mais desolador.
Como alguém
que procura respostas para o cenário que se apresentava diante de si, o profeta
Ezequiel é confrontado por um questionamento que lhe causa calafrios: “poderão
estes ossos voltar a viver?”. Em outros termos, ao invés de receber orientação e
respostas, o profeta precisa se posicionar diante de Deus.
O que
responder para nós mesmos, nossos conhecidos, e para o próprio Deus, quando o
que temos a nossa frente é um vale repleto de morte? A resposta que damos aos
desafios que se nos apresentam, diz muito sobre a nossa esperança e nossa fé.
Por isso, Ezequiel prontamente respondeu: “Ó Senhor Deus, tu sabes”. Isso
equivale dizer; “Ó Senhor Deus, se o Senhor quiser, nem mesmo um vale de ossos
sequíssimos resistirá as suas ordens de voltar a viver”.
Deus é
especialista em dar forma às coisas que não existem como se já existissem. Da
mesma maneira, Ele é perito em dar vida onde impera a morte, e de transformar caídos
e mortos no pó em árvores que voltam a dar frutos novamente. O vale que muitas
vezes passamos e experimentamos em nossas vidas, podem ser transformados, desde
que reconheçamos que Deus é capaz de mudar a morte em vida.
Texto:
Marcos A L Pereira
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