Saia da caverna
A
vida é marcada por altos e baixos, tornando impossível manter-se sempre na
"crista das ondas". Em certos momentos, podemos nos sentir
deprimidos, sem expectativas e desesperançosos. O caminho que antes parecia
suave e desimpedido pode se transformar em um terreno árido, cheio de encostas
íngremes.
Um
exemplo notável disso é encontrado na história do profeta Elias. Ele alcançou o
auge de seu ministério, sendo amplamente conhecido e respeitado em toda a nação
de Israel. No entanto, quando o rei Acabe e sua esposa Jezabel iniciaram uma
perseguição implacável contra ele, Elias mergulhou em uma espiral descendente,
sentindo-se o mais insignificante dos habitantes da terra.
Em
resposta, Elias tomou a decisão de se retirar para o deserto e caminhar
incessantemente por quarenta dias e quarenta noites. Essa escolha revela muito
sobre seu estado emocional naquele momento. Para muitos, o deserto seria o
último lugar para buscar refúgio em um período de tamanha angústia e tristeza.
No entanto, para o profeta, representava solidão extrema, um lugar de extremos
onde o frio e o calor pareciam coexistir.
No
deserto, o refúgio de Elias foi uma caverna. Parece que aquele buraco na rocha
surgiu como uma resposta às suas necessidades. Ali, ele encontrou privacidade e
escape dos olhares julgadores. Mas, de repente, tudo mudou. Porque Deus conhece
nosso estado e a razão de estarmos ali. Assim, Deus chamou Elias com voz forte:
"Elias, saia da caverna".
Independentemente
de quantos quilômetros tenhamos percorrido no deserto, ou de quão profundamente
tenhamos nos escondido em nossa própria caverna, Deus está atento a nós. Mesmo
quando estamos prestes a desistir, Ele continua a sussurrar: "Ainda não acabou".
Os altos e baixos da vida são apenas parte de um processo pelo qual todos
passamos. E quando menos esperamos, Deus se dirige em nossa direção e diz:
"Saia da caverna".
Texto: Marcos A. L. Pereira
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