Onde está Deus enquanto o ímpio prospera?

 

Invariavelmente nos questionamos: onde está Deus enquanto os ímpios prosperam? O próprio salmista Asafe se deparou com esse dilema. Ao analisar toda a trajetória dos homens ímpios e como eles se davam bem na vida, ele admitiu que: "[...] os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios" (Salmos 73:2,3).

Sistematicamente somos impulsionados pelas redes sociais e outros meios de comunicação a pensar que compensa esquecer-se de Deus e viver a vida como bem desejamos. Os exemplos são abundantes. Na mente do homem pós-moderno, o que vale é alcançar seus objetivos, custe o que custar, mesmo que isso coloque em xeque sua integridade espiritual.

O que nos rodeia o tempo todo é a ideia de que os maus frequentemente conseguem as coisas mais facilmente, "se dão melhor na vida". Quantos trapaceiros estão ricos? Quantos perversos, que roubam os pobres, desfrutam dos mais sofisticados e caros bens pelo mundo afora? No meio dos ímpios, vale a máxima de que, para se chegar ao topo, não se pode olhar a quem se está pisando.

Em muitas ocasiões, é inevitável fazer o mesmo questionamento de Asafe... Onde está Deus enquanto o ímpio prospera? O problema mais grave não está apenas em saber por que Deus não se move diante das calamidades provocadas pelos ímpios. O que chama a atenção é que o próprio Asafe esteve prestes a desviar-se. Em outras palavras, o salmista estava se questionando: vale a pena ser íntegro diante de Deus?

Após ponderar todos os fatores da prosperidade dos ímpios, Asafe chega às seguintes conclusões: a primeira é que os ímpios podem até chegar ao topo, mas seus lugares são escorregadios. Em breve, serão removidos; cairão por si mesmos. A segunda é uma constatação maravilhosa do salmista... Mesmo que tudo pareça levar ao desvio, ele diz "[...] na terra não há quem eu deseje além de ti" (Salmos 73:25). Toda riqueza adquirida pelos maus não se compara à presença de Deus. Toda posição social não é equivalente à atenção de Deus. Não há nada nem ninguém que substitua o sentimento de pertencer ao Senhor.

 

Texto: Marcos A. L. Pereira

      

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